segunda-feira, 25 de junho de 2012

A primeira queda a gente nunca esquece

A Sophia caiu do carrinho. Aquele descuido de um segundo: deixei no carrinho sem cinto (e olha que eu encho tanto meus pais para eles sempre colocarem o cinto!), virei para pegar algo, e antes de voltar, ouço aquele barulho de batida e um choro desesperado.


Quando a peguei do chão, vi que ela estava com olho e testa roxos. E ela não parava de chorar, gritava. E eu chorando junto. Aquele desespero de mãe.


Isso aconteceu há umas duas semanas atrás, ela ficou internada uma noite no hospital em observação, ganhou um olho roxo por uns dez dias, mas já está ótima.


E hoje foi o dia de retorno no médico dela, para uma última consulta - e acabarmos com o assunto de vez. E então ele contou que o filho dele de 1 ano e 1/2 caiu na semana passada, do trocador. Que a esposa dele também ficou desesperada, mas que ele ficou tranquilo porque "ele estava todo roxo mas respondendo aos estímulos que eu fazia, dava risada, brincava. E isso é o mais importante para o diagnóstico de uma criança". E que, se a Sophia fosse mal na escola quando fosse mais velha, nada de dizer que foi consequência da queda,  que não tinha nada a ver, pois criança se recupera logo. Achei engraçado.


E então fiquei um pouco mais tranquila. Aqueles olhos roxos me fizeram questionar várias coisas no meu comportamento como mãe, se eu sou boa mãe, como uma mãe deixa uma filha cair do carrinho e ter que ser internada no hospital, etc. O fato é que - já sabemos mas às vezes demora para cair a ficha - acontece em qualquer família.


Então, se você já deixou seu filho cair também, não se culpe tanto. É duro, triste, nos sentimos péssimas, a pior das pessoas. Mas acontece. 

Um comentário:

  1. Lembro-me de uma vez, o Gui devia ter uns seis meses no máximo, que fechei um daqueles botões do body que ficam no ombro e peguei um pouco da pele dele...ele chorava e eu junto! Me senti a pior das criaturas!!

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