Ansiedade de Separação

Eu sempre achei que a Sophia fosse um bebê Anjo (do livro Os Segredos de uma Encantadora de Bebês, de Tracy Hogg e Melinda Blau). Ela dormia a noite toda, brincava sozinha, acordava de bom humor, ia no colo de todo mundo, distribuía sorrisos para todos.


Quando a Sophia completou 8 meses, começou a não querer mais ficar sozinha. Primeiro, achei que era quando ela estava com sono. Depois, pensei que poderia ser quando estava com fome, sede ou até fralda suja. O fato é que mesmo quando todas as necessidades básicas da bebê estão satisfeitas, ela não quer mais ficar sozinha.


Se vou até o banheiro, ela já grita. Se eu não voltar logo, ela começa a chorar. Não é um choro baixo, de manha. E um choro desesperado, parece que tem alguém batendo nela, ou que ela se machucou. Dá até vergonha de deixá-la chorando desse jeito, os vizinhos podem pensar que eu maltrato a bebê...


Hoje levei a Sophia ao pediatra, e comentei com ele sobre essa mudança. Ele falou que isso pode ser a Ansiedade de Separação. Por volta dos 7, 8 meses, o bebê começa a perceber que é independente da mãe (ao nascer, ele acha que é parte da mãe, e não se enxerga como um ser único), e começa a entender que pode ser deixado sozinho, o que pode deixá-lo ansioso. O bebê não entende que a mãe sai e volta.



Com o passar do tempo e ao se tornar mais sociável e confiante de que a mãe volta, o bebê vai conseguir superar sua ansiedade e começar a formar sua própria identidade. Isso por volta dos 1, 2 anos.


E então, quando a gente menos esperar, lá se vai nosso bebê, alegre e independente, andando por aí como se fosse dono do próprio nariz. E a gente vai sentir saudades dessa época que ele não desgrudava da gente... :-)